Luto: lidando com a perda
- Mariana Giglio
- 24 de fev. de 2024
- 2 min de leitura

Primeiramente gostaria que você observasse a figura acima….o que você sente? Como você relacionaria esta imagem com o processo de luto?
Quando recebi esta imagem a primeira sensação que tive foi sobre uma “interrupção”, algo que se quebrou e que nunca mais voltará a ser como antes.
Fazendo uma analogia ao processo de luto, penso que o vaso quebrado representa uma grande perda, de algo muito valioso pra nós e mesmo que todas as peças sejam recolhidas, a versão original já não existe mais, teremos um grande desafio de montar um mosaico, dando um novo formato para as peças que foram quebradas.
No início a sensação é que não iremos dar conta, não conseguimos pensar que seremos capazes de organizar os cacos e montar algo que faça sentido, afinal parece que tudo perdeu o sentido.
O processo do luto é único, cada pessoa vivencia de um jeito, e nesta analogia cada um de nós montará um desenho diferente, ou seja, viverá esse processo de uma forma diferente.
A cada dia colaremos uma peça até que apareça algo que nos traz um novo sentido e organize nossa dor para que possamos seguir em frente.
O luto não necessariamente diz respeito a morte de uma pessoa querida, a nossa existência é um constante morrer e viver, a natureza nos ensina diariamente esse processo, ciclos se encerram para o novo nascer, pessoas se afastam das nossas vidas e outras chegam, mudamos de lugar, mudamos de carreira, de trabalho.
O luto não é somente sobre morte física, qualquer perda; seja de uma pessoa, de uma situação ou de algo; que envolva um vínculo afetivo, pode ser caracterizado como luto.
Todas essas situações são vividas de maneira individual e cada pessoa tem uma maneira de lidar com o vazio e a dor que uma perda pode causar.
O importante é respeitar o seu tempo para colher os caquinhos do chão e construir uma nova paisagem! E é fundamental procurar ajuda quando este luto traz como consequências sintomas mais profundos como depressão, ansiedade, entre outros. Ter uma escuta empática e acolhedora será fundamental nesta fase.
Respeitar o processo de luto como uma experiência singular é ter empatia.
Mariana Giglio - Psicóloga Clínica
CRP: 06/88028
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